Educação infantil
Pensar numa rotina eficiente para bebês e crianças pequenas exige coordenar a intenção de cuidar com o ato de educar. Observei que nesta fase, as necessidades biológicas, como sono, alimentação e higiene, são tão importantes quanto as afetivas, motoras, cognitivas e sociomorais. Mas essa ainda não é a prática mais comum em nosso país.
Desta forma, acho que o ideal é ter intenções educativas e definir as atividades em função delas, com isso a rotina passa a ser um elemento organizado do cotidiano. Com as crianças de até 3 anos, ter atividades regradas garante conforto e segurança, pois eles se acostumam com a rotina dos acontecimentos, isso permite que as crianças conheçam seus limites e entendam que as coisas nem sempre podem ser realizadas na hora e do jeito que eles desejam. Percebi que um bom começo é considerar a faixa etária da turma e conhecer bem as teorias sobre o desenvolvimento infantil. Não é possível estabelecer uma rotina fixa para os bebês que dormem mais e precisam ter as fraldas trocadas muitas vezes, mas vi que à medida que eles vão crescendo isso se torna essencial, que quanto menor a idade, maior a necessidade de repetir a rotina até todos aprenderem as regras. O importante é que tudo o que é planejado possa ser concluído com tranqüilidade. As crianças de 2 anos tem mais facilidade em se adaptar e a entender o contexto social do grupo. Com as outras mais novas, demoram mais para chegar ao seu objetivo, por mais que se faça um bom planejamento, é sempre bom contar com imprevistos, pois os menores adquirem experiência por meio da ação, do desafio, da exploração do espaço e objetos. É chutando, mordendo, tocando, dançando, pegando obstáculos é que eles assimilam conhecimentos. Nunca é demais lembrar que a capacidade de concentração aumenta conforme a idade e a criança. O aprendizado das normas na primeira infância é fatal para que, no futuro, todos se tornem adultos seguros e tolerantes, capazes de lidar com