educação infantil
SILVA, Isabel de Oliveira e – FUMEC / UEMG – isabel.os@uol.com.br
GT: Formação de Professores / n.08
Agência Financiadora: CNPq
A definição legal, a partir da promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB, Lei n. 9.394/96), de que a educação infantil se constitui em primeira etapa da educação básica e de que o profissional para atuar com as crianças em creches e préescolas deve ser o professor, é resultado de longo processo de construção acadêmica e de debates políticos envolvendo atores diversos. Embora seja reconhecidamente uma conquista relativa aos direitos das crianças e das famílias de contarem com educação de qualidade e com apoio para o cuidado e guarda das crianças pequenas, o contato com as profissionais que atuam em creches evidencia que essa identidade encontra-se em tensão com elementos advindos da experiência social que tendem a sobrepor-se às questões legais e normativas a respeito da atividade. Essa definição, consolidada na atual LDB, impõe questões relativas às atribuições e à identidade profissional não apenas daquelas que se encontravam atuando na educação da criança pequena, mas também para a categoria social professor O trabalho tem por objetivo analisar o processo de construção das referências teóricas a respeito do profissional da educação infantil e suas relações com as referências expressas por educadoras de creches envolvidas com o debate sobre a profissionalização nessa área.
Educação infantil: o debate sobre o profissional na produção acadêmica brasileira O percurso realizado pelo debate a respeito do profissional adequado para atuação em Educação Infantil foi abordado, nesta pesquisa, por meio da análise da maneira pela qual a educação da criança menor de 7 anos se insere no debate público. A construção desse sujeito – o profissional que atua em creche – no pensamento educacional brasileiro relaciona-se a uma particular construção