Educação infantil
Na Europa, com exceção da atividade mineira e da construção naval, a unidade básica de pro-dução era a oficina familiar, pertencente ao artesão, que dava emprego a toda a família e, por vezes, a trabalhadores assalariados. Muitas destas oficinas dependiam, tanto em termos de trabalho como de financiamento, de mercadores que encomendavam os trabalhos adiantando, por vezes, a dinheiro ou fornecendo as matérias-primas e até algumas ferramentas. Sob o pon-to de vista técnico, os processos de produção encontravam-se rigidamente regulados pelas corporações. Na Europa Ocidental, com o colapso do feudalismo e o derrube das corporações a situação do artesanato deteriorou-se com o aparecimento de novas formas de organização industrial, onde os trabalhadores eram transformados em assalariados, verificando-se uma proletarização destes elementos da sociedade.
No século XVII, na Europa, a existência duma oficina tornou-se algo de dispendioso e reve-lou tendência para se transferir para zonas rurais, em que o trabalho doméstico abria novos horizontes, designadamente pela presença de inúmeras oficinas têxteis. Este tipo de artesanato acabaria por conseguir sobreviver às primeiras fábricas, coexistir com diversas formas de or-ganização concentrada, incorporando algumas inovações técnicas, dar origem a uma força de trabalho qualificada e bem treinada, ou seja, de trabalhadores especializados. Os pequenos artesãos não podiam concorrer com a produção massiva e os baixos preços das novas indús-trias. Todavia, o artesão especializado sobreviveu até á atualidade.
Na África Setentrional, nas áreas rurais, o trabalho artesanal era feito, sobretudo por mulheres em numerosas oficinas.