Educação indigena
Neste capitulo a autora vai discorrer como se deu o processo de formação dos professores cursistas Bororos da aldeia Tadarimana ao longo de uma década, considerando as etapas desse trabalho como um ritual de passagem. Ela faz uma caracterização deste processo de formação divida em dois momentos uma como a construção da profissionalidade e o segundo como o ritual de passagem.
No primeiro momento diz que a formação do professor indígena se da a partir da definição da sociedade moderna, sendo caracterizada a profissionalidade, que se refere a um conjunto de capacidades e saberes desenvolvidos no desempenho de suas funções num determinado momento histórico (D’ávila, p.5, apud, BRZEZINSKI, 2002, p. 10). Onde que a partir do momento que o professor descobre que ele e o produtor dos saberes e habilidades para a formatação da sua aula, como explica Tardif (2002, p.230):
Um professor de profissão não é somente alguém que aplica conhecimentos produzidos por outros, não é somente um agente determinado por mecanismos sociais: é um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume sua prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito que possui conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua própria atividade e a partir dos quais ele a estrutura e a orienta.
Formando assim um professor com um pensamento crítico capaz de avaliar suas praticas é estar em formação constante para caracterizar em um âmbito de profissão docente.
No segundo momento nos retratando como um ritual de passagem, ela toma como base dois autores Arnold Van Gennep conclui que a maioria dos ritos analisados observava uma sequência que incluía "separação", "transição" e “incorporação”, e Victor Turner define por quatro momentos: (1) ruptura, (2) crise e intensificação da crise, (3) ação reparadora e (4) desfecho (que pode levar à harmonia ou cisão social), dando um significado segundo os autores que os rituais