educação inclusiva
A discussão em torno da Educação Inclusiva e, particularmente, da inclusão escolar não é recente. No entanto, podemos afirmar que essa temática na última década do século XX ganhou visibilidade e estudos sistemáticos foram empreendidos nessa área por inúmeros pesquisadores como Mendes (2002; 2006; 2008), González (2003), Ribeiro (2003), Mantoan (2004), Prieto (2006), Ferreira (2006), Carvalho (2004; 2008; 2009), Kassar (2009) entre outros. Assim, a escola, hoje, é desafiada a incluir a todos, independente das suas condições políticas, econômicas e socioculturais, mas também das suas condições cognitivas, motoras, afetivas, dentre outras. Ressaltamos que essa perspectiva da Educação Inclusiva e, conseqüentemente, da inclusão escolar faz parte do movimento mundial em que as pessoas de diferentes grupos sociais minoritários buscam sua inserção na sociedade, no sentido de garantir seus direitos sociais, civis e políticos. Dentre esses grupos, podemos apontar negros, indígenas, pessoas com deficiências, imigrantes, excluídos social e historicamente nas sociedades capitalistas.Assim, vemos que esse movimento se ampliou em nível mundial e ganhou força, uma vez que, segundo Patto (2008, p.30), “[...] as formas de absorver a população excluída estão mudando, ou seja, estão gerando condições sub-humanas de vida”. Na escola, essa perspectiva se materializa nas reformas educacionais empreendidas no âmbito da Educação Básica, mediante a implantação de programas e/ou projetos escolares que não têm garantido o acesso, a permanência e a aprendizagem com sucesso dos alunos, ou seja, parece que inexiste efetivamente o direito de todos os alunos aprenderem juntos, inclusive, daqueles que apresentam Necessidades Educacionais Especiais (NEE). Esse tipo de prática social tem gerado reflexões sobre o papel da escola regular que também deve empreender esforços no processo de inclusão de grupos minoritários