Educação Inclusiva
1 INTRODUÇÃO
Eder Pires de Camargo, professor de educação para ciências na Universidade Estadual Paulista (UNESP), compilou em um arquivo digital, várias ferramentas voltadas para professores ensinarem física para alunos portadores de deficiência visual. Essa é a terceira obra do professor voltada para educação inclusiva com conteúdos de física. Eder dá aula dá aula para futuros professores de física desde 2007 e entre as várias razões que o levou a decidir pesquisar o tema, foi o fato de ter perdido a visão a partir dos nove anos de idade.
O livro resultou da pesquisa de pós-doutorado do professor, em que ele tenta driblar costumes já enraizados no cotidiano de uma sala de aula (o típico “falar” e escrever no quadro negro ao mesmo tempo). Segundo Camargo: “mais de 90% dos momentos de comunicação em sala de aula de física utilizam o perfil que descrevi. Nisto reside uma parte das dificuldades enfrentadas pelo aluno cego” (2013). Ainda segundo o professor, não há soluções definitivas para instruir todos os conteúdos de física para os portadores de deficiências visuais, e por isso devemos sempre dar atenção para outros canais de comunicação.
Com isso, o professor defende que uma das formas de contornar esses hábitos de comunicação excludente nas salas de aula, é utilizando maquetes táteis, o que incluirá tanto os alunos cegos quanto os vidente no processo de aprendizado, incentivando a interação dos mesmos com seus colegas videntes. Os materiais usados são barbantes, arames, massa de modelar, isopor, pregos, etc. Segundo o professor, esse método entra em coalisão com as escolas convencionais enlatadas exclusivamente em livros e quadros negros.
Para isso, de acordo com o professor, é necessário planejamento aulas com maior antecedência, permitindo a construção dos modelos adequados para o ensino do