educação inclusiva
(Marcos H. R. da Rosa)
1.1 E o que é Inclusão?
Temos a mania de acreditar que o que é normal é o perfeito, sem erros ou imperfeições, não nos culpo por isso. Essa tendência das pessoas de ver o mundo pelo viés da perfeição é uma construção social que vem se solidificando e entranhado nossa cultura há algum tempo na história “desde a Revolução Industrial, aceitou-se como verdadeiro valor social o culto ao perfeito, à busca do belo, estimulando-se a padronização que fragmentou a maneira verdadeira humana de se viver” ANTUNES (2008, p.20).
Essa visão unilateral de ver o mundo esteve muito tempo presente nas práticas educativas como vimos anteriormente, fazendo-se presente a ideia de que dentro e fora dos muros da escola não há imperfeição, diferença, diversidade, formando alunos e cidadãos preconceituosos e intolerantes. Mas, esse quadro começa a mudar com a concepção de inclusão em todas as instâncias da sociedade e a escola é uma delas.
A inclusão social e vista por SASSAKI (1999, p.3) “como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.” E um dos lugares onde podemos fazer crescer essa capacidade tão essencial para um mundo de respeito mútuo é de fato a escola, é também, dentro daqueles muros onde podemos despertar no seres em formação toda a sensibilidade de entender que todos possuem o direito de ocupar um lugar digno na sociedade.
Segundo o dicionário AURÉLIO (2012), a palavra incluir pode significar abranger e compreender. Sendo assim, este termo se enquadra bem no contexto escolar,
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especificamente na educação inclusiva, onde, todas as instituições escolares devem