Educação inclusiva
Ilma Mendes de Almeida[1]
Iniciar uma reflexão sobre as potencialidades e limitações das propostas de formação dos cursos de licenciatura diante desse novo contexto educacional inclusivo.
“O distanciamento entre a formação oferecida na Universidade e a realidade e necessidade das escolas, contribui sobremaneira para que o futuro professor vivencie um “choque” com a realidade educacional, o que poderia e pode contribuir para a resistência em trabalhar com alunos incluídos”. (MESQUITA, 2007)
Num século em que a inclusão movimenta políticas em nível mundial, a exclusão continua presente em muitas de nossas realidades cotidianas.
Isso afeta grande parte da população, sobretudo aquela mais afastada dos padrões sócio-culturais vigentes, podendo levar ao isolamento de determinados grupos em função de preconceitos diferenciadores e da segregação.
No entanto, neste mesmo século, a valorização da diversidade é colocada como fundamental levando ao surgimento de um novo paradigma social.
Qual?
O da inclusão.
Proposta desse paradigma:
Vislumbrar a formação de uma sociedade mais acolhedora, que respeite às diferenças a fim de que todos possam ter direito de exercer sua cidadania de forma igualitária estando alicerçada em princípios democráticos.
De quem é a responsabilidade da consolidação desse paradigma social?
De todas as esferas, mas é também da educação, especialmente na escola, que precisará estar aberta aos novos desafios emergentes dessa meta. Nesse sentido, a educação se torna o tema principal nas agendas de encontros nacionais e internacionais, organizados prioritariamente pela Organização das Nações Unidas(ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e Banco Mundial (BM), na intenção de tornar a escola um espaço cada vez mais“democrático”.
Apesar da democratização da educação estar assegurada desde 1948, por meio da Declaração Mundial dos