EDUCAÇÃO HOJE
Leitores do texto de Pedro Demo estavam há muito à espera do que ele tem a dizer acerca do lugar, na escola, das novas tecnologias. O autor introduz este seu novo livro, caracterizando o cenário educacional. Baseando-se nos mais recentes dados de pesquisas sobre a educação brasileira, relaciona o atestado dos baixos níveis de aprendizagem à importância de “aprender bem”. Ele o faz para pontualmente analisar, no contexto do mercado que exige qualidade educacional dos trabalhadores, e da escola que resiste às mudanças, as chamadas novas tecnologias.
Mais claramente ainda, o foco do Autor está sobre a web2. 0 e os processos de autonomia e autoria que esta tecnologia deve sustentar. Estes processos devem ser objetivados por se identificarem diretamente com a atividade de
Pesquisa-fundamento docente e discente. Para Demo, o “aprender bem” se dá pela “elaboração, construção/ desconstrução / reconstrução de conhecimento”. e se respalda na web 2.0.
O que o Autor anuncia para os capítulos que se seguem à introdução é a pretensão de analisar a expectativa de oportunidades melhores de formação em ambientes ocupados por essa tecnologia. Demo também pretende analisar as condições que seriam necessárias para tornar essas ambientes “oportunidades para todos...”. Como é comum aos seus textos, o tom que ele anuncia para o livro, e que de fato usa, é crítico. Este estilo é especialmente pertinente ao tema das novas tecnologias, tão marcado que é por euforias e vazios.
Expectativas: Euforias e vazios, a propósito, é o título do primeiro dos seis capítulos do livro. Como sugerido, Demo alerta para a necessidade de abordar as tecnologias criticamente Fundamentadas em pesquisas recentes sobre a aplicação das tecnologias educacionais, ele trata de desmitificar, por exemplo, a previsão, feita em 2003, de que de 50% da formação no trabalho se daria on line, o que não pode se comprovar. Tampouco se