Educação física uma nova visão
Carol Kolyniak Filho apresenta neste livro que o organismo humano é fruto da interação com o meio ambiente e cada indivíduo possui uma propriedade motora característica que é desenvolvida através de seu exercício.
Conforme o homem foi criando domínio sobre a natureza foram surgindo diversidades nas atividades motoras, gerando uma especialização de funções e papéis socialmente determinados. Assim, puderam ser expostos variados modos de corporeidade, expressos em objetos, símbolos e movimentos corporais. A partir daí foi observado o desempenho motor e práticas que pudessem causar melhorias. Em civilizações antigas já havia essa preocupação com o rendimento motor, pois através de práticas sistematizadas desenvolviam destrezas físicas com finalidades bélicas e estéticas.
Na Europa duas influências distintas determinaram a motricidade humana. A ética judaico-cristã, que manifestou-se na Idade Média quando a igreja católica possuía a dominação ideológica e restringiu os exercícios físicos ao adestramento militar, e a tradição greco-romana que surgiu no Renascimento quando os ideais gregos vinculados à cultura do corpo, deram origem a práticas orientadas para finalidades higienistas, estéticas e pedagógicas. Desta forma difundiu-se um conjunto de procedimentos sistematizados voltados para o desenvolvimento de propriedades motoras que atendesse diversas finalidades. As práticas correspondentes desenvolveram-se em diferentes instituições e receberam grande influência da pesquisa na área de fisiologia do esforço que associada a atividades motoras sistematizadas, deu origem a métodos de treinamentos que visam o desenvolvimento das qualidades e capacidades físicas como força, flexibilidade, resistência e velocidade. Porém as práticas sistematizadas são voltadas também para as capacidades psicomotoras, analisando ao desenvolver de um individuo a psicomotricidade.
Por séculos o corpo foi visto como objeto de pecado