Educação física escolar e as práticas educativas: estereótipos masculinos / femininos.
Parece redundante contextualizar a Educação Física escolar e suas práticas educativas por conta das diversidades e contextos em que ela transita, principalmente quando se trata das questões de gênero e a construção dos estereótipos. Porém, esta redundância se faz necessária, até por conta dos enlaces que foram construídos ao longo do trajeto de práticas e convivências dentre as quais se experimentam dentro da escola. Também é importante destacar para este contexto, que por algum tempo houve oficialmente a separação de alunos e alunas para as práticas da Educação Física na escola, onde, tinha como amparo, uma legislação, na época o Decreto nº 69.450/71 (BRASIL, 1971) e que vinha sendo tratado e discutido por diversos pesquisadores da área, envolvidos nesse campo, juntamente com os motivos dessa determinação. Assim, as práticas educativas e os desafios enfrentados pelos professores e professoras de Educação Física em relação a adotar uma postura que contemple o trabalho com turmas heterogêneas (mistas) (KUNZ, 1993), constituem-se em um processo de construção social e histórico, atualmente com respaldo legal e oficializado por legislação (SÃO PAULO, 1987), no qual pesquisadores da área se debruçam sobre o assunto, para fundamentar suas intervenções. Portanto, em relação a essas considerações realizadas, mais especificamente sobre as turmas mistas, Kunz (1993, p.07) afirma categoricamente que atualmente “a separação de sexos com turmas de Educação Física tem sido uma tradição, não uma determinação legal”, ao contrário das indicações impostas no Decreto Federal nº 69.450 de 01/11/71, como já apontado, onde determinava que as turmas de Educação Física escolar, precisariam ser compostas por “alunos do mesmo sexo” (BRASIL, 1971) e ainda assim, ressaltando