educação Fisica
Ao estudar os assuntos relacionados à área da filosofia aplicada a educação física, remete-se ao período clássico grego como forma de buscar uma orientação original. A Grécia berço da cultura ocidental viveu em meados do século V a.C. uma grande explosão intelectual, que abrangeu as esferas mais variadas do saber humano: filosofia, astronomia, medicina, arquitetura, poesia, teatro, direito, educação, são algumas das áreas que alcançaram níveis de crescimento jamais vistos. Crescimento que em parte deve-se ao florescimento do modelo de vida urbano pautado no modelo da Pólis. Neste período os grandes pensadores se debruçaram na temática que colocava o homem como centro do discurso (antropocentrismo). É neste meio que a questão do corpo passa a ser discutida a fundo por filósofos e seus pupilos. O corpo era elemento da existência humana bastante valorizado e cultuado na Grécia antiga. Por diversos fatores e motivos os gregos exercitavam o corpo, chegando a venerá-lo. Os pensadores gregos buscavam dissociar o corpo da alma, acreditavam serem entidades distintas, que viveriam em equilíbrio durante a existência humana.
O corpo representava o mundo material, suas imperfeições, instabilidades e degradações, ao passo que eram sensíveis os mais diversos problemas enfrentados pelo corpo no decorrer da vida, sendo o mais evidente o fato de o corpo perecer, definhar com o passar dos anos.
A alma por sua vez representava o mundo das idéias, aliada a mente seria uma entidade perfeita, eterna, que se aperfeiçoava cada vez mais com o passar dos anos. Era a alma a chama da vida humana, que animava o corpo. A mente por sua vez seria a morada dos pensamentos e das idéias, onde tudo poderia ser perfeito.
Sócrates (470-399 a.C), pensava na perspectiva do auto-conhecimento, a consciência do corpo e da alma levava a evolução do ser humano (“conhece-te a ti mesmo”). Sócrates acreditava no equilíbrio entre corpo alma e mente,