Educação e Mídia: por que e para que? Vivemos num mundo bombardeado de informações, onde a cada momento, milhares de imagens, palavras e sons produzidos pelas mídias integram-se no nosso dia a dia. A influência que a mídia exerce sobre os saberes dos jovens, obriga a escola buscar novas estratégias e novos olhares para tal prática, atendendo as demandas futuras, tendo de crescer em número e em complexidade. Para Belloni (2001), a mídia, distribui imagens e linguagens, construindo sistematicamente o imaginário de muitos jovens, por oferecer significações através de mitos, símbolos e representações, estereotipando valores, normas e modelos de comportamento socialmente dominante. Considerando que "muitas dessas informações possuem apenas a forma do espetáculo e do entretenimento , distante de preocupações educativas formais" (BETTI, 2001:125) . Assim, Betti (2004) aponta posicionamentos divergentes em torno do comportamento da televisão, fazendo um paralelo citado como "frente e verso", onde opõe autores como: Ciro Marcondes Filho, Theodor W. Adorno e Max Horkheimer a Heloísa D. Penteado e Tomás G. Alea. Em frente, que consiste numa visão negativa da mídia; Marcondes Filho (1988), descreve que a TV impõe um novo imaginário, fornecendo apenas indícios vivenciados através de emoções interpostas. Os Frankfurteanos na "teoria crítica" de Theodor Ardono e Max Horkheimer (1985), relatam que; A industria cultural, termo utilizado pelos autores, impede a formação de indivíduos autônomos incapazes de refletir conscientemente sobre suas escolhas. Para Ardono (1971 apund BETTI, 2004), a TV, cria instrumentos para posição da criança como consumidora, numa contemplação passiva, estabelecendo valores ideológicos e culturais. Em verso, que consiste numa visão positiva da mídia; Penteado (1991) e Alea (1984), relatam que a TV pode permitir uma autonomia vital desenvolvendo criativamente sua personalidade. Portanto, o empobrecimento cultural não se deve a