Educação fisica
Tradicionalmente dançarinos/ coreógrafos/ diretores têm dificuldade em manter uma distância em relação a seus corpos físicos porque fomos ensinados a estar sempre, de uma maneira ou de outra, atrelados, conectados, inseparáveis deles, mesmo que com a intenção de superá-los e transcendê-los. Desconsidera o processo intelectual para o aprendizado em dança, por considerar que o dançarino ou dançarina são simplesmente “fazedores de dança”. A relação entre conceitos de corpo dança e educação está intimamente ligada.
Á concepção de corpo como instrumento da dança, como meio, “máquina” para a produção artística. O corpo nesta concepção é algo a ser controlado, dominado e aperfeiçoado segundo padrões técnicos que exigem do dançarino uma adaptação e submissão corporal, emocional e mental àquilo que está sendo requerido dele externamente. É o dançarino sendo visto como “material humano”, esta concepção de corpo nos leva, a diferenciar entre possuir e ser um corpo, ou entre um corpo que está comigo e um corpo que sou eu. Esta diferenciação é crucial para superar a tradicional dualidade entre uma “mente ativa” e um “corpo passivo” que ainda permanece no cerne dos discursos e comportamentos da sociedade ocidental.
“Corpo ideal” é visto como “um desenho visual especifico de como o (não “meu”) corpo deve (não “poderia”) ser visto. Há muitos ideais”.
O processo educacional atrelado a esta concepção de corpo visa, consequentemente, a aprimorar, controlar, vencer o corpo e seus limites físicos. Não há preocupação com o processo criativo corporal individual, muito menos em traçar relações entre corpo, dança e sociedade, a liberdade e seu corpo/dança era uma maneira não somente de manifestar sua crença,