Educação Especial nas IFEs
“Um som estranho, mecânico e certamente artificial.”. Era assim que definíamos o som produzido por máquinas. De certa forma, com enorme razão. Ao longo dos anos, a relação entre músico e computadores vem se estreitando, mostrando que há mais possibilidades que limites. Dessa feita, ficamos cada vez mais distantes dos pré-conceitos atribuídos a substituição da ação humana em detrimento da máquina.
Os avanços de softwares e hardwares chegam por muitas vezes ao nosso conhecimento por revelações de nossos próprios alunos. Hoje, estudantes de música, em grande parte que tocam instrumentos mais populares, aparecem na porta de nossas salas com aproximadas 800h de contato e exposição a recursos multimídia, ou seja, são crianças e adolescentes acostumados com as maravilhas da interação virtual, indivíduos capazes de oferecer múltiplos avanços por conta da quantidade e facilidade do acesso a informação. De acordo com o depoimento de um aluno, “Sim. Me ajuda a melhorar minha técnica pela grande quantidade de vídeo aulas e fontes de estudo que encontro na internet.”, a associação de temas e recursos veio para revolucionar boa parte do processo do aprendizado. Lembrando de quando eu aprendia o violão entre os que já o tocavam, percebo como as coisas eram mais difíceis e não menos prazerosas. Vivemos em uma época de inovações tecnológicas voltadas para cada interesse, sendo uma condição básica, o cultivo do estímulo pela paixão e estilo apresentado por cada aluno. Também me recordo que a primeira execução de uma peça violonística à ser estudada era feita pelo meu professor, ali na minha frente. Agora, nossos pequenos, antes da porta de nossas salas, entram com a peça pronta mentalmente, rica de detalhes e com o parâmetro de execução e performance de uma pessoa possivelmente distante quilômetros de sua escola.
Observando o perfil do aluno contemporâneo, vê-se um cidadão “virtual” e tecnológico, bombardeado de informações a