Educação empreendedora no brasil, uma confrontação com a prática
CONFRONTAÇÃO COM A PRÁTICA
Maurício Fernandes Pereira
Pedro da Costa Araújo
Sérgio Machado Wolf
RESUMO
A prática do empreendedorismo mostra-se cada vez mais freqüente no Brasil como opção de carreira, frente às dificuldades sócio-econômicas que assolam o país e reduzem as oportunidades para aqueles que querem ingressar no mercado de trabalho. No entanto, a prática do empreendedorismo convive com a falência de muitas organizações, em decorrência dos baixos níveis de educação e da desmotivação dos empresários para utilizarem ferramentas gerenciais capazes de profissionalizar suas atividades. Este artigo tem por objetivo identificar o grau de importância que os micro e pequenos empresários dão a essas ferramentas gerenciais, especificamente o plano de negócios, para a abertura e gestão de uma empresa. Considera-se que os conhecimentos relacionados com essas ferramentas gerenciais estão atrelados a formação acadêmica do empresário. Constata-se, ao final, que, apesar de considerarem o plano de negócios e a educação formal como fatores importantes para a gestão de seu grande empreendimento, os empresários não se sentem estimulados a dedicarem seu tempo a aprendizagem de ferramentas gerenciais. Com base nesta constatação, questiona-se a relevância dos cursos de administração, perguntando-se se estão preparados para prover os estudantes a luz de uma educação empreendedora, que estimule e viabilize a utilização de ferramentas gerenciais, como o plano de negócios, para a sobrevivência e obtenção de resultados positivos pela empresa. Palavras-chave: Empreendedorismo; Empreendedor; Plano de Negócios; Educação formal.
1 Introdução
Segundo pesquisa do Global Entrepeneurship Monitor – GEM, coordenada pela London Business School da Inglaterra e pelo Babson College dos Estados Unidos, em uma lista de trinta e quatro países, o Brasil está entre os sete que mais empreendem, ao abrir novas empresas. Ainda, de acordo com a mesma