Educação em saude (resenha)
Alves, Vânia Sampaio, é psicóloga do instituto de saúde coletiva, da Universidade Federal da Bahia.
A autora apresenta nesse artigo, uma reflexão sobre as práticas de educação em saúde no contexto do PSF (Programa Saúde da Família) tendo como parâmetro a assimilação do princípio da integralidade a fim de contribuir para a reorientação do modelo assistencial vigente. Convencida da relevância do princípio da integralidade no cotidiano dos serviços de saúde para superar o atual modelo assistencial, que segundo ALVES, apresenta-se reducionista e fragmentário, objetiva refletir sobre o princípio da integralidade nas práticas educativas desse espaço (PSF) que é considerado privilegiado para as ações de educação em saúde, uma vez que o mesmo tem como característica principal a proximidade com a população local.
De início a autora tenta explicar o conceito da integralidade tendo em vista suas múltiplas dimensões e sentidos. Em consonância com o SUS, deve abranger tanto as “ações assistenciais ou curativas quanto, e prioritariamente as atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças” (p.41). Portanto nas ações e serviços de saúde, a integralidade caracteriza-se pela indissociabilidade da assistência preventiva e curativa, no entanto a autora sinaliza que o modelo hegemônico dicotomiza assistência e prevenção. Ainda no tange a noção da integralidade, a autora relata que no Brasil a política de saúde sempre esteve marcada pela verticalização das ações, o que fere drasticamente esse princípio que aponta para a horizontalização dos serviços.
Em seguida ALVES afirma que historicamente a educação em saúde no Brasil sempre esteve marcada por um discurso higienista e moralista, para atender os interesses das classes dirigentes do Estado