Educação de Jovens e Adultos
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Segundo Paulo Freire, “Ensinar exige respeito aos saberes do educando”(p. 15) e “a convicção de que a mudança é possível” (p. 30) , conceitos intimamente ligados à transposição didática. Ao passo em que a escola, na figura do educador, respeita os saberes socialmente construídos pelos alunos na prática comunitária, discutindo com eles os problemas por eles vividos e a razão de ser de alguns saberes em relação ao ensino dos conteúdos, estabelece uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm enquanto indivíduos. Abrindo portas à discussão de implicações políticas e ideológicas na vida social e à constatação de que nosso papel não é o de mero observador da realidade, mas de atores capazes de mudar a realidade estabelecida. Deste modo, acreditando na possibilidade de mudança e respeitando as especificidades dos alunos da Eja, suas habilidades, capacidades e limitações, seremos capazes de pensar ( e/ou repensar) nossa ação político-pedagógica e a elaboração de projetos para estimular nossos alunos a terem uma nova leitura de mundo, um mundo no qual sintam-se agentes transformadores da realidade e não apenas espectadores da história há muito determinada. A responsabilidade inerente ao nosso trabalho passa pelo nosso comprometimento, flexibilidade, aceitação do novo, abertura ao diálogo e à escuta dos alunos, e à consciência de que não somos simples transmissores de conhecimentos. Nossa missão vai muito além, “significa selecionar e inter-relacionar o conhecimento acadêmico, adequando-o às possibilidades cognitivas dos alunos e exemplificando de acordo com a sua realidade circundente.’ (A transposição didática: a passagem do saber científico para o saber escolar in Revista de Teologia & Cultura – Ano VI – n. 27, p. 155) Aos jovens e adultos é garantido pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394 de 20 de dezembro de 1996, na Seção V, artigo 37, parágrafo 1° que os sistemas de ensino assegurarão