Educação de Jovens e Adultos no Brasil(EJA)
A história da instituição inicia no Império. Inicialmente, a Constituição Imperial de 1824 garantia a gratuidade do ensino primário a todos, com exceção das mulheres e dos escravos. Por volta de 1870, foram instauradas as escolas noturnas, com o intuito de promover a educação de jovens e adultos. O sistema de ensino da época estava calcado na ideologia capitalista de urbanização do território nacional e industrialização dos meios de produção, dando um tom funcionalista à formação educacional da população, visando à criação de um contingente de mão de obra capacitada para atender minimamente as demandas que a inovação tecnológica da época trazia. Politicamente era uma forma de mitigação da participação cidadã no processo eleitoral, através da manutenção de uma formação educacional precária para os brasileiros.
No século seguinte, O Decreto n. 16.782/A de 13/1/1925, conhecido como Lei Rocha Vaz ou Reforma João Alves, trata da seguinte forma o estabelecimento das escolas noturnas: "Poderão ser criadas escolas noturnas, do mesmo caráter, para adultos, obedecendo às mesmas condições do art. 25". O Decreto foi produto da reivindicação de diversas manifestações populares que intentavam erradicar o que chamavam de “mal social”: o analfabetismo.
Já a partir da Era Vargas, começou a tratar mais profundamente o tema da Educação, especialmente a educação de adultos. Com o início do modelo nacional de desenvolvimento proposto por Vargas, deu-se um salto no processo de industrialização do país. A população até então predominantemente agrária voltou-se para as cidades. Novas atividades no meio urbano ensejaram relações de trabalho diversificadas, com elas surgiram reivindicações de trabalhadores que originariam um novo estrato social. Nesse período o país pensou de uma forma mais ampliada a educação. Resta explicito no que prevê o artigo 150, da Constituição Federal de 1934 , que instituiu a obrigatoriedade não só do ensino