Educação Afro-Campesina e Organização do Trabalho Pedagógico: Um Desafio à Prática Extensionista.
Jean Carlos Barbosa dos Santos - Bolsista de Extensão da UEFS.
Valéria Marta Ribeiro Soares – Professora da UEFS.
Área Temática 04. Políticas Públicas e Formação Docente.
Palavras-Chaves: Troca de Saberes; Organização Pedagógica; Políticas Públicas; Afro-campesinato.
O presente trabalho tem como objetivo estudar como a Ficha Pedagógica torna possível a concretização dos elementos metodológicos básicos do Projeto CAT – o conhecer, o analisar, o transformar- sempre em consonância com a realidade das comunidades afro-campesinas. Partindo desta para o conhecimento global e universal, contribuindo para a construção de conhecimentos localizados, e a partir desse, ampliando com aqueles já construídos por outros autores – pais e comunidades – e com a inserção dos conteúdos oficiais do currículo brasileiro regulados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1996). Tal investigação surgiu de uma inquietação acerca da atuação do Projeto CAT em Comunidades de remanescente de quilombos, já certificada pela Fundação Cultural Palmares e em comunidade rurais e negras, ainda em processo de certificação. Aqui neste trabalho não faremos distinção entre uma e outra, tratando-as como Comunidades Afro-Campesinas, visto o que está sendo posto em consideração nesse texto é a luta da comunidade de Praianos em Ichú no semiárido baiano pelo controle político pedagógico da escola da comunidade (OLIVEIRA, 2006, p. 1381). O Projeto CAT – Conhecer, Analisar e Transformar a realidade do Campo na Construção do Desenvolvimento Territorial Sustentável – enquanto uma atividade de extensão universitária atua como elo de diálogo entre universidade e comunidade numa prática dialógica e dialética que propicia à emancipação humana. Fundado em 1993, antecede as Diretrizes Operacionais para Educação no Campo (2002), na sua atuação com formação de professores da rede municipal a fim de que estes