educaçao
Análise do modelo de Educação Corporativa adotado pela Leader Magazine e as expectativas dos funcionários sobre suas trajetórias em termos de apropriação de conhecimentos e crescimento profissional. Um estudo de caso crítico, com análise documental e entrevistas. O referencial abordou as mudanças que influenciaram o cenário global e a influência do empresariado sobre as políticas de educação nas três últimas décadas. Nos resultados, vemos que, embora a empresa, no discurso, apresente a Escola de Varejo como uma política formal de EC, na prática se reduz a ações isoladas, com cursos na maioria comportamentais. A proposta voltou-se para objetivos estratégicos, focando no mercado, não levando em conta os interesses dos funcionários. Apesar de a empresa considerar sua política relevante, os funcionários desconhecem a EC como um modelo educacional e encaram as ações como cursos pontuais, acreditando, porém, que o trabalho desenvolvido pela empresa de fato contribui para o seu crescimento.
Palavras-Chave: Educação Corporativa; Trabalho e Educação.
Introdução
As mudanças ocorridas na economia nos últimos anos nos remete também às mudanças no campo educacional. Em função do quadro existente, o país precisa se desenvolver e investir em tecnologia e educação. Como resposta à crise capitalista que se inicia nos anos 1970, no plano internacional, e as mudanças que ocorrem na sociedade como consequência, várias estratégias vêm sendo adotadas pelo empresariado, ao longo dos anos, no sentido de alinhar economia e educação em prol dos objetivos da produtividade. Entre estas está a educação corporativa.
No contexto atual, em que o discurso hegemônico é o da valorização do homem, do "capital intelectual" (NONAKA; TAKEUCHI, 1997), e da chamada "sociedade do conhecimento" (SVEIBY, 2001), interessa analisar criticamente o papel central da educação e, nessa mesma via, por um lado, a intenção das empresas em assumirem um papel educacional que até então cabia ao Estado e