educaçao na grecia antiga
DESVELANDO
FRANKENSTEINS:
INTERPRETAÇÕES
CURRÍCULOS DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DOS
Marcos Garcia Neira
Universidade de São Paulo – Brasil
Tornaram-se corriqueiros os comentários que desqualificam a escola e a atuação profissional docente como um todo. Os resultados alcançados nas avaliações nacionais e as comparações promovidas pelos exames internacionais têm fornecido a munição necessária para acusar a instituição educativa e seus atores de ineficientes e dispendiosos. Dentre as críticas disparadas, é comum ouvir que os professores empregam métodos e recursos desatualizados ou os conhecimentos que possuem mostram-se inadequados para lidar com as características da população que freqüenta as salas de aula nesta primeira década do século XXI. A situação se torna mais complexa quando se verifica que tal sensação já está presente nas falas dos professores em início de carreira.
O “choque com a realidade”, identificado por Tardif (2005), ou leva o jovem educador a culpar as famílias e os alunos pelo próprio fracasso ou contribui para desqualificar sua formação inicial, fazendo com que incorpore a representação de incompetente. Para piorar a situação, a sobrecarga de atividades que caracteriza o magistério impede uma reflexão mais profunda sobre a identidade profissional docente que está sendo construída quando o professor iniciante se depara com o seu cotidiano difícil. É mais provável que procure contornar os problemas mediante a recorrência ao apoio dos mais próximos ou, como é usual, apelando para o senso comum. Dificilmente terá tempo para analisar criticamente seu percurso formativo e questionar por que lhe ensinaram certas coisas e não outras, quem decidiu o que deveria ser-lhe ensinado, quais conhecimentos deve ter um professor, que espécie de professor se tornou etc. Trata-se, portanto, de um caso típico de política curricular.
Não restam