Educar – de quem é a tarefa?

Educar – De quem é a tarefa? A palavra “Educar” vem do latim – educare – e quer dizer: promover a educação; transmitir conhecimentos; ensejar condições para que o indivíduo possa modificar seu comportamento. Educar é estimular o raciocínio, aprimorar o senso crítico, as faculdades intelectuais, físicas e morais. Para a maioria das pessoas, “educar” é uma obrigação exclusiva das escolas e dos profissionais que dela fazem parte. Porém a realidade nos mostra que educar é uma função de todos, tanto dos pais quanto dos educadores. O que difere as obrigações de um e do outro é o papel social que cada um ocupa. “A função da escola é ensinar as crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver”, diz Hannad Arendt. A arte de viver quem ensina é a família. O papel da escola, ou seja, da instituição de educação formal, assim como hoje, sempre se deu de uma forma intencional e com objetivos determinados. À família cabia a princípio a educação e base e transmissão dos costumes em geral. A escola tinha e tem como função responsabilizar-se pelo percurso escolar dos indivíduos, favorecendo a aprendizagem de conhecimentos sistematizados construídos pela humanidade e valorizados em um dado período histórico. A aprendizagem dos conteúdos escolares – de diferentes naturezas: conteúdos conceituais, atitudinais, procedimentais – deveria se concretizar durante a permanência dos alunos na escola, independente do contexto social e familiar ao qual pertençam. Antigamente os pais levavam os filhos para a escola e depositavam toda a confiança no professor que os recebia. A família autorizava castigos e punições físicas por conta de uma responsabilidade que não era da escola. Mas a escola respondia. Quem não se lembra de ter passado por um constrangimento qualquer ou visto um colega passar por um momento desagradável por uma “falta” cometida? Um puxão de orelhas, uma reguada, um “tiro” de giz na cabeça, um castigo atrás da porta ou até agressões psicológicas,