Educando

Antes de dizermos que educação é um direito de todos, devemos conceituar educação. Não dá para limitar também apenas a um processo de aprendizagem adquirido dentro de salas de aula, sem analisar o contexto social e cultural de quem se quer educar. Cada povo com seus inúmeros estilos de vida nas mais diferentes culturas têm dentro de si o seu conceito de educação.
É visível o poder que a esta tem de ser transformadora desde que esteja em seu contexto, caso contrário ela é destrutiva. Tem propriedade para ajudar no desenvolvimento, no progresso e acrescentar meios de conhecimento para a melhoria de vida de futuras gerações inteiras ou simplesmente acabar com suas raízes, com toda sua origem, sendo imposta de forma descompassa por ser considerada melhor por uma outra sociedade.
Falo então em Pedagogia da alternância que consiste numa metodologia de organização do ensino escolar que conjuga diferentes experiências formativas distribuídas ao longo de tempos e espaços distintos e não se deve pressupor a superioridade cultural de nenhuma forma, diferentemente disso o filme mostra por trás de projetos de ajuda educacionais na ideia de fazer daquelas crianças pessoas melhores, desconsiderando o que elas carregam de sua cultura. Não há respeito à diversidade cultural e humana, existe é uma comercialização da educação.
Então o documentário trata da própria formação da escola e o modelo imposto, mas além disso, sugere também que nós podemos aprender, ensinar e mais ainda, que essas sociedades as vezes, vistas como inferiores detém de conhecimento que pode ser vital para a nossa sobrevivência. Ainda assim, é inevitável não chegar a concussão da negação do indivíduo em prol do consumidor, do coletivo em prol da corporação, do espiritual ao material. Educação para o trabalho e o lucro, não para a vida e a coletividade.
As reflexões sobre cultura e a necessidade inquestionável da escola também tem seus limites. Voltando a pedagogia da alternância está por aí para mostrar que