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Além de trabalhar equilíbrio, regras e força, jogos de combate permitem discutir a violência e mostram a importância do respeito ao adversário
Bianca Bibiano (bianca.bibiano@abril.com.br) [pic]
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O EQUILÍBRIO (à esq.) Na EMEF Antônio Carlos de Andrada e Silva, a turma pratica a postura de combate na esgrima. AS REGRAS (centro) Adaptada à escola, a modalidade tem espadas de papel, mas preserva os golpes principais. A FORÇA (à dir.) Os alunos percebem que, para ganhar, é preciso ter resistência para atacar e defender. Fotos: Carol Sachs
Na EMEF Antônio Carlos de Andrada e Silva, na capital paulista, a turma do 8º ano luta esgrima. As espadas e os floretes são pequenas lanças feitas de jornal, o tablado é o chão do pátio e marcam-se com tinta os golpes. Mas a concentração e o respeito ao adversário são iguais aos de um esgrimista profissional. Enquanto isso, na EEEM Santo Augusto, em Santo Augusto, a 512 quilômetros de Porto Alegre, os alunos do 7º ano experimentam o judô. Eles aprendem as noções de equilíbrio e desequilíbrio de joelhos no chão, em combates adaptados para evitar quedas. Não é a arte marcial como se vê nas Olimpíadas, mas cumpre o mais importante: compreender os princípios de movimento que estruturam a modalidade.
• Esgrima adaptada
Esses dois casos ilustram bem como as lutas devem ser trabalhadas no ambiente escolar. Como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Educação Física, elas são conteúdos que ajudam os estudantes a ampliar o universo cultural e a conhecer outras manifestações corporais. "É uma perspectiva bem diferente, por exemplo, da abordagem de academias e do esporte de alto rendimento, em que a ênfase recai na competição e no aperfeiçoamento de golpes e estratégias de combate", explica Fábio D’Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo, e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Por isso, esse trabalho com lutas na disciplina não precisa,