Educa O Como Pr Tica Da Liberdade
Este livro está organizado em quatro capítulos :
1. A Sociedade Brasileira em Transição
2. Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática
3. Educação “Versus” Massificação
4. Educação e Conscientização
No primeiro capítulo, Paulo Freire apresenta sua interpretação sobre as forças políticas que disputavam o poder no início da década de 1960, esclarecendo inicialmente seus pressupostos filosóficos. Ele define sua filosofia de caráter existencial, para ele existir ultrapassa viver, porque é mais do que estar no mundo. É estar nele e com ele. O existir é individual. Transcender, discernir, dialogar são exclusividades do existir. Herdando a experiência adquirida e integrando-se às condições de seu contexto, lança-se o homem em um domínio que lhe é exclusivo – o da História e o da Cultura.
Paulo Freire entende que integração não é acomodação, ela resulta da capacidade de ajustar-se à realidade acrescida da possibilidade de transformá-la. O homem integrado é um homem Sujeito. A adaptação é um conceito passivo. Criando, recriando e decidindo é que o homem vai participando das épocas históricas.
Mas, infelizmente, na opinião de Paulo Freire, o que se sente, dia a dia, é o homem simples esmagado, diminuído e acomodado, dirigido pelo poder dos mitos que forças sociais poderosas criam para ele. É o homem assustado, temendo a convivência e até duvidando da sua possibilidade, ao lado do medo da solidão, que se alonga como “medo da liberdade”.
O Brasil, segundo o autor vivia um tempo de trânsito, ou seja, a passagem de uma época para outra, ele afirma que o ponto de partida para esse trânsito foi a sociedade fechada, comandada por um mercado externo, assim seu povo possuía elevados índices de analfabetismo. Para o autor esta avaliação rachou-se. As forças que estavam em disputa eram contraditórias, provocando assim no homem brasileiro o surgimento de atitudes optativas com tendência de radicalização na opção.
Para o autor a educação na