edu infantil
Experiências vivenciadas como educadora do Ensino Infantil, têm demonstrado que a realidade das escolas públicas ainda é desanimadora, no que diz respeito à formação de leitores. Têm-se constatado que pouca atenção é dada a fala das crianças que pode contribuir para seu processo de desenvolvimento, quando a atividade de contar e recontar histórias transcende à relação conformadora da criança e constrói uma dinâmica interativa e emancipadora com ela. A linguagem aparece como instrumento mediador durante os movimentos interativos com as crianças e com seus pares; no entanto, a linguagem oral não é a única maneira de a criança se expressar; em seu universo, percebe-se o gesto, risos, expressões faciais, movimentos corporais que se constituem como as múltiplas linguagens dela. Durante a atividade de contar e recontar a história, pouco espaço é dado à escuta da “voz da criança” e à interação criança-criança. As crianças sempre que interagem revelam as suas emoções, o entusiasmo pela história e demonstração de afeto entre si. Em geral o professor não reconhece a linguagem enquanto espaço de recuperação do sujeito. Este estudo pretende avançar as discussões acerca da concepção de linguagem em sua característica enquanto espaço de recuperação e a visibilidade que o professor têm dado às crianças durante as práticas pedagógicas em Instituições de Educação Infantil.
Diante dessas questões, a pesquisa tem como objetivos observar e compreender como ocorre a apropriação da linguagem oral pelas crianças do maternal, e analisar as relações de mediação estabelecidas para a consolidação deste processo, acordando com os fundamentos teóricos que foram salientados ao longo deste trabalho. Para tal estudo, a base teórica é pautada na vertente histórico-cultural, na teoria da aquisição de linguagem de Bakhtin,Vygotsky e Freneit.Justifica-se essa base teórica em virtude do foco da pesquisa: o papel do professor-mediador na busca da compreensão dos processos de linguagem em