Editorial
“Os maus hábitos da linguagem empolgada e da expressão prolixa continuam a prosperar no judiciário; no supremo, ainda mais em julgamento momentoso como o do mensalão, chegam ao apogeu. Nem mesmo cartas vulgaridades, salpicadas por alguns advogados da defesa, alteraram a sensação do leigo de assistir um espetáculo obscuro e bizantino.
“ Não há duvida de que a justiça deve examinar cada aspecto com cuidado, nem de que muitos aspectos são alvo de controvérsia. Ainda assim, será necessária tamanha verbosidade, reflexo, alias, da extensão interminável dos autos , a versão escrita de cada processo?”
Argumentos que o autor utiliza para defender seu ponto de visita a respeito do editorial.
Abraham Lincoln levou pouco mais de dois minutos pra pronunciar o discurso de Gettyburg (1863). Às vezes considerado a maior peça de oratória em todos os tempos. Ninguém esperaria encontrar tamanho talento para a concisão no Sistema Tribunal Federal brasileiro, mas o contraste ressalta que falar muito não significa ter muito a dizer. A prolixidade nos processos, somou-se a loquacidade fora deles. O costume começou há mais de dez anos, quando ministros passaram a discorrer sobre quase qualquer assunto, a pretexto de que assim prestavam contas e faziam do Judiciário um Poder menos fechado.
Para aprofundar melhor o assunto o leitor necessita de ter um conhecimento de mundo, pois se trata de uma guerra civil americana, a batalha de GETTYSBURG e como Lincoln, em exatas 272 palavras, lembrou, de maneira brilhante e comovedora diante de uma plateia de soldados uniformizados, porque a união (dos Estados do norte do país) tinha de lutar- e vencer- a guerra.
Já o outro trecho exige maior conhecimento textual, em relação aos julgamentos do mensalão, o que é; como ocorreu os