Edifícios Abandonados em SP
Uma visão social
Noite
Sumário
Introdução
Numa metrópole onde enxergamos diversos edifícios abandonados, tanto pelo poder privado quanto pelo poder público, e tantas pessoas privadas do direito à moradia, precisamos entender um pouco mais dessa realidade.
São Paulo, uma cidade de diversidades.
Ao longo da pesquisa e da elaboração do trabalho, consideramos alguns fatores sociais e políticos, como a real situação dos ocupantes irregulares de prédios desocupados na cidade, a posição dos proprietários destes imóveis e a política que o governo utiliza para controlar a situação.
Fizemos entrevistas, fotos, e selecionamos dois edifícios para centralizar nossa pesquisa. O Edifício Prestes Maia, 911 e o Edifício Mauá, 354, ambos no bairro da Luz em São Paulo.
Abrigo de Vagabundo
Adoniran Barbosa*
Eu arranjei o meu dinheiro
Trabalhando o ano inteiro
Numa cerâmica, fabricando pote
E lá no alto da Mooca, eu comprei um lindo lote
Dez de frente e dez de fundo
Construí minha maloca
Me disseram, que sem planta não se pode construir
Mas quem trabalha, tudo pode conseguir
João Sacura, que é fiscal da prefeitura
Foi um grande amigo, arranjou tudo lá pra mim
Por onde andará, Joça e Mato-Grosso
Aqueles dois amigos, que não quis me acompanhar
Andaram jogados na avenida S. João
Ou vendo o sol quadrado, na detenção Minha maloca, a mais linda que eu já vi
Hoje está legalizada, ninguém pode demolir
Ofereço aos vagabundo, que não tem onde dormir
A Luz da Light
Adoniran Barbosa*
Lá no morro quando a luz da láite pifa
Agente apela pra vela, que ilumina também
Quando tem se, não tem não faz mal
Agente samba no escuro que é muito mais legal
Quando isso acontece é um grito de alegria
A torcida é grande pra luz voltar só noutro dia
Mas o seu Amora