edgar morin
Trata-se de ir em direção a uma sociedade universal fundada sobre o gênio da diversidade e não sobre a falta de gênio da homogeneidade, o que nos leva a um duplo imperativo, que traz em si sua contradição, mas que não pode fecundar fora dela: em toda parte, preservar, estender, cultivar e desenvolver a diversidade.
A humanidade é ao mesmo tempo una e múltipla. Sua riqueza está na diversidade das culturas, mas podemos e devemos nos comunicar dentro da mesma identidade terrestre. Ao nos convertermos verdadeiramente em cidadãos do mundo, partilhando uma mesma cultura das Cem Flores, é que nos tornamos vigilantes e respeitadores das heranças culturais. antagonista, a criação. Da mesma forma, ocorrerá o desenvolvimento concorrente e interferente entre, de um lado, o processo de padronização cultural e, de outro, o processo de individualização cultural, não apenas quanto às obras, mas também quanto ao seu uso.
1) a expansão planetária
As grandes esferas culturais estavam fechadas umas às outras e, para os europeus, a cultura “universal” era a cultura do universo das obras européias, tanto na Literatura (Cervantes, Shakespeare, Molière, Balzac etc.), quanto na poesia ou na música. Ao longo do século 20, uma esfera