Edgar degas
Foi também com o apoio do pai que o jovem Edgar abandonou a faculdade de Direito para se dedicar exclusivamente à arte: discípulo do pintor Félix-Joseph Barrias e depois de Louis Lamothe (que havia sido discípulo de Ingres), Degas logo realizaria viagens à Itália, passando por Roma, Assis, Orvieto e Nápoles. É dessa época seu notável retrato "A Família Bellelli", onde podemos notar uma "tensão" na expressão de seus tios, que viviam em Florença. Durante suas viagens à Itália (três em quatro anos), se empenha no estudo de artistas renascentistas, cuja maneira de desenhar seria de fundamental influência para o pintor.
Na sua volta a Paris, em 1862, conhece Édouard Manet, que viria a ser seu grande amigo e lhe apresentaria ao círculo de artistas que algum tempo mais tarde formaria o grupo dos "impressionistas". Homem de personalidade arredia e fechada, Degas tinha forte tendência para a melancolia, além de uma língua ferina. Chegou a ser apelidado de "Urso", dado o "perigo" que corriam aqueles que dele se aproximavam.
Sua proposital reclusão, porém, foi fundamental para que desenvolvesse seu apurado método artístico: incansáveis croquis e esboços eram feitos antes de cada tela. Ainda que muitas vezes apresentasse trabalhos de aparente simplicidade e casualidade, era através de muito estudo que conseguia atingir seu objetivo: obras quase "fotográficas", com cenas que parecem captar um momento único e inesperado, impressões efêmeras (daí sua inclusão entre os impressionistas) de uma espontaneidade calculada.
Ao contrário dos impressionistas mais "puros", gostava de trabalhar