edema pulmonar
1. INTRODUÇÃO
A doença benigna da mama compreende um largo espectro de alterações da glândula mamária, que preocupam as doentes e obrigam a um diagnóstico correcto. São muito mais frequentes do que o cancro da mama e tem tido pouca atenção na literatura médica.
No passado os clínicos tiveram a tendência para introduzir terminologias diversas para a mesma situação ou aspecto particular que observaram. Assim, por exemplo, a manifestação nodular cíclica da mama foi designada como: doença fibroquística, fibroadenose, hiperplasia quística, doença quística hiperplásica, doença de Schimmelburch, mastite crónica quística, mastopatia quística, etc.
Por causa desta multiplicidade de terminologia e falta de especificidade, as designações do passado têm sido substituídas pelo emprego de termos clínicos ou histológicos, os quais são específicos e precisos em relação com as situações clínicas e/ou histológicas a que se referem.
Quando se pretende abarcar um largo espectro de alterações benignas inespecíficas da mama é correcto usar uma terminologia que, ao contrário de “doença fibroquística”, não implica uma situação patológica, mas reconhece um espectro de alterações da normalidade em que a maior parte destas alterações não correspondem a uma doença. Tem sido empregue a expressão ANDI
(alterações do desenvolvimento normal e involução), que é uma terminologia compre-
ensiva, significativa e descritiva em termos de patogénese.
Não é objectivo deste capítulo abordar todas as alterações da glândula mamária que se enquadram na designação genérica de
ANDI. Optamos por abordar os principais quadros clínicos/histológicos da doença benigna da mama conforme é recomendado pelo “Royal College of Pathology”1,2,3, e pela
Comissão Europeia, através do Grupo Europeu de Trabalho em Patologia Mamária4.
2. CLASSIFICAÇÃO
De acordo com estas classificações adoptadas, a doença benigna da mama será