Ectoparasitas

Ectoparasitas
Aula do prof. Reginaldo Júlio Zoé M3 - 135

Introdução

• São doenças hiperendêmicas dos aglomerados urbanos: favelas, palafitas e outras comunidades pobres.

• Alta contagiosidade e manejo inadequado.

• Presença grande de reservatórios naturais (roedores, cães, gatos).

Ectoparasitoses

1. Pediculose = Piolho
Pediculus humanus capitis ou corporis; 90% em crianças.

Sintomas: prurido intenso (no couro cabeludo), insônia, impetigo (crosta descamativa) e (em infecções severas) anemia. Obs: O piolho pode transmitir tifos e febres.

Tratamento: benzoato de benzila (tópica e xampu) e piretroides (não deixa dormir, deixar alguns MINUTOS, pois é absorvido por via transcutânea); ivermectina (uso oral em crianças > 2 anos com grande carga parasitária).

Repetir o tratamento em 10 dias (!)

2. Ftiríase = Chato
Pthirus pubis
Tropismo pelos pêlos pubianos (predominante em adultos, evidentemente).

Sintomas: prurido intenso na região pubiana.

Tratamento = piolho.

3. Escabiose = Sarna
Sarcoptes scabiei (ácaro)
Demodex sp
Dermatophagoides sp

Sintomas: prurido, lesões descamativas, irritação (reação imune). Pode provocar infecções secundárias (coçou = laceração da pele), como glomerulonefrite aguda.

Diagnóstico laboratorial: raspado da lesão (parasito invisível a olho nu).

Tratamento = piolho.

4. Tungíase = Bicho do pé
Tunga penetrans = pulga

Praias, áreas rurais / áreas despavimentadas (única que não é urbana).
Tropismo: dedos do pé, intertriginosa.

Sintomas: prurido, eritema (vermelhidão), petéquias (focos hemorrágicos), pápulas amareladas com ponto negro central. Localizações comuns: periungueal dos pés, planta do pé e calcanhar.
Infecção bacteriana secundária (supurativa) = Clostridium tetani → grande potencial de incapacidade por deformação do membro.
Paracoccidiomicose (pulga) ? acredito que a pulga pode transmitir a micose.

Tratamento: remoção do parasito (exérese), principalmente se poucos parasitos. Em seguida, utilizas-se iodo ou outro