“Ecossistemas” Ecossistemas são sistemas complexos formados por dois grupos de componentes: os vivos (plantas, animais, micro-organismos), constituintes da biota e os “não vivos” (abióticos). Esses dois grupos são inseparavelmente inter-relacionados. A definição clássica de ecossistema é dada por ODUM. “Qualquer região natural que inclua organismos vivos e substâncias abióticas interatuando para promover uma troca de matéria entre partes vivas e não vivas é um sistema ecológico ou ecossistema”. Nesses sistemas temos dois fluxos principais. O primeiro é o dos ciclos biogeoquímicos formado por elementos químicos como nitrogênio, carbono, oxigênio, que circulam pelos sistemas terrestres; o segundo chamado fluxo de energia solar na biomassa vegetal pela fotossíntese e sua transferência em vários níveis, até o homem, pelas cadeias alimentares. O maior inventário do estado de uso da natureza pelos seres humanos foi desenvolvido pela ONU(Organização das Nações Unidas) e lançado em 2005. Esse documento intitulado “Avaliação Ecossistêmica do Milênio” (AEM) teve como base as quatro convenções da ONU relativas a questões ambientais (clima, biodiversidade, desertificação e áreas úmidas). A AEM consolidou e pôs em circulação o conceito de serviços ambientais, isto é, os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são produzidos pelas interações que ocorrem no interior dos ecossistemas. O conjunto de serviços ambientais representa o capital natural do planeta. Trata-se de um capital ameaçado pela ausência de direito de propriedade, (isto é, não tem dono definido) e de fungibilidade : não pode ser substituído por outro de mesma espécie, qualidade, quantidade e valor ( atributo de ser mais bem apropriado e isso exige formas de quantificação que ainda não sabemos como fazer, embora, na comunidade acadêmica e fora dela, economistas e outros especialistas venham trabalhando nisso com afinco. Estudos recentes da ONU revelam que