Econônomia solidária

INTRODUÇÃO

O fenômeno moda sempre foi para alguns autores, tido como elemento de diferenciação de classes. E a moda teve realmente durante muito tempo esse caráter de distinção e ao mesmo tempo de exclusão. Ainda hoje, o sistema de moda carrega em si muito dessas características originárias; no que se refere às classes sociais, sendo possível, de maneira bastante rígida, verificar que há realmente essas barreiras entre ricos e pobres.

A moda esta intrinsecamente ligada ao convívio social e é um espelho da sociedade atual, uma sociedade que muda a cada minuto, que se apresenta de várias formas e que diferencia os homens não pelo caráter mais pelo que ele possui e veste. Ou até mesmo pelo que ele não possui e pelo que ele não pode vestir, visto que sempre uma grife ou uma marca de renome é símbolo de status e de poder. Mas essa diversificação de valores e de poderes é o que caracteriza a sociedade contemporânea. A estratificação é, ao mesmo tempo, mola propulsora e freio para a movimentação das classes, sejam em um movimento ascendeste ou decrescente; seja na crescente escala de classes ou de valores.

Porém, a moda esta passando por um processo de inversão de valores, “doravante ela já não tem epicentro, deixou de ser o privilégio de uma elite social” (LIPOVETSKY, 2003), passando a ser elemento de participação de camadas populares. Essa mesma moda que ainda; em algumas de suas facetas é excludente, está também fazendo seu papel social e ajudando na re-inserção de pessoas que se encontravam a margem da sociedade por causa do próprio fenômeno moda.

É realmente contraditório pensar moda como elemento de inclusão social até pelo seu próprio papel histórico, mas agora ela passa de vilã para boa moça mostrando sua nova faceta, aparecendo com um novo caráter social e uma nova função. Essa nova função da moda ajudando na inclusão social só está se tornando possível com sua incorporação à Economia Solidária.

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