economica

O preconceito ainda influencia drasticamente no mercado de trabalho. A estrutura de classes imposta no século XIX, que inseriu o negro na sociedade como escravo, deixou resquícios na estrutura moderna, fazendo com que estes ainda se sintam marginalizados por meio do preconceito. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça (PCERP), que coletou amostra em cerca de 15 mil domicílios em 2008, nos estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Destaca-se entre os resultados o reconhecimento de 63,7% dos entrevistados de que a cor ou raça influencia na vida. De acordo com 71% da população entrevistada, a cor tem maior influência no trabalho.

O técnico-administrativo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rogério da Silva, é membro do Fórum Regional de Entidades Negras e Parceiras de Juiz de Fora, do Conselho Municipal pela Valorização da População Negra de Juiz de Fora, do Fórum Mineiro de Entidades Negras, da União de Negros pela Igualdade e do Grupo de Trabalho Anti-racismo do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino (Sintufejuf). Segundo Rogério, a discriminação racial ainda prevalece no mercado de trabalho. “Principalmente nos postos de serviços onde os cargos envolvem salários elevados, pois a maioria da população negra ainda está em funções braçais.”
Rogério destaca que sendo militante de movimentos negros percebe com nitidez o preconceito no mercado. “No shopping, por exemplo, percebemos que poucos negros ocupam cargos de chefia, dificilmente vemos uma gerente negra.” Ele ainda acrescenta que “a melhora com o passar dos anos foi pouco significativa, apesar de estarmos sempre nesta batalha de colocar o negro em todo o ramo de trabalho, gostaríamos de vê-lo despontando em cargos com salários maiores.”

Para lutar a favor da diversidade racial no trabalho, Rogério nos