Economia
O desenvolvimento voltou a ser tema das discussões em economia. Nos novos debates, às engrenagens do desenvolvimento econômico já destacadas na literatura se adiciona mais explicitamente a categoria das instituições. Não que a houvéssemos esquecido, mas voltamos nossos olhares para apenas uma de suas manifestações - o mercado. E, com o olhar tão concentrado em uma só instituição, já estávamos ficando míopes.
A chamada "Nova Economia Institucional" conseguiu reacender o interesse de boa parte da profissão pelo estudo de um conjunto mais amplo de instituições. Com o crescimento do interesse, o Institucionalismo Original norte-americano foi também resgatado, bem como as ideias precursoras da Escola Histórica alemã. Mais do que um debate escolástico, porém, o interesse dos economistas por um novo tema de estudo levou a releituras de textos importantes em várias áreas e a novas formas de olhar problemas antigos sobre os quais já se debruçavam.
Acumulação de capital, aumento da força de trabalho, progresso tecnológico, ampliação dos mercados e da divisão do trabalho - os economistas há muito se interessam pelas causas mais evidentes do crescimento econômico. Mas, aos poucos, vê-se que essa não é mais sua única preocupação - o crescimento econômico é fundamental para o desenvolvimento econômico, mas não lhe é sinônimo ou condição necessária e suficiente. Debates importantes se acoplam àquele interesse já estabelecido - começamos a conversar sobre sistemas nacionais de inovação, arranjos produtivos, redes de cooperação, reformas institucionais, direitos de propriedade, dilemas sociais, maldição dos recursos naturais, entre outras coisas. Com isso se começa a preencher o espaço teórico que deixava sem contato a ação do indivíduo e os resultados coletivos que sobre ele se impingem. A interação dos indivíduos e os padrões regulares de pensamento e ação que nesse âmbito se estabelecem passam a ser objeto de investigação mais sistemática.
As instituições ganham