Economia
A crise nos EUA e na Europa: O déficit público americano já vinha crescendo vertiginosamente nos anos 2000, respondendo em parte aos gastos exorbitantes com a guerra do Iraque, em 2003, “Já existia um problema estrutural, mas com a crise em 2008 o governo injetou muito recurso nos bancos e empresas e isso levou a um sério aprofundamento do déficit” foi deflagrada a crise das hipotecas imobiliárias nos Estados Unidos, com a quebra do banco Lehman Brothers.
Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar com o aumento de crédito. Isso levou à falência de bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e uma recessão mais aguda. Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia encolhendo. O resultado não poderia ser outro: aprofundamento do déficit público, que em muitos países já era bastante elevado.
Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro, além da Grécia, países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem os efeitos do endividamento descontrolado e buscam apoio financeiro da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional. Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade fiscal” o que significa que seus cidadãos passaram a gastar ainda menos enfraquecendo ainda mais a economia. A fragilidade do sistema financeiro na Europa e Estados Unidos continuam a tirar o sono dos investidores. Se em 2008 os bancos, principalmente americanos, sofreram com a exposição a hipotecas de alto risco, desta vez, instituições de ambos os lados do Atlântico sentem os efeitos da exposição a títulos da dívida soberana de países europeus. É o caso dos