Economia
Daniella Magnini Baptista
Pedagoga
Sabe-se que o desenvolvimento motor de uma criança segue algumas etapas que foram definidas a partir de estudos da área da pedagogia e da psicologia infantil e vale lembrar que é através de observações, descobertas e teorias traçadas por especialistas que se pode compreender a percepção do eu, do outro e do mundo através das representações simbólicas impressas nos desenhos infantis.
Através do desenho, a criança naturalmente cria e recria formas expressivas onde integra a imaginação e a realidade fazendo com que seu desenho seja um canal de comunicação entre ela mesma e o mundo exterior sem os obstáculos, regras e noções estéticas sociais que futuramente possa absorver. Estudiosos de várias épocas e várias correntes dedicaram um tempo especial em suas pesquisas com observações, registros e organizações de dados sobre as fases do desenho infantil e entre tantos merecem destaque:
Georges Henry Luquet (1876 – 1965): filósofo e etnógrafo francês conhecido como o pioneiro no estudo do desenho infantil, ele partiu da observação dos desenhos que sua filha Simone fazia para fundamentar suas pesquisas sobre o tema para sua tese de doutorado. Seu método de estudo partia de uma análise “monográfica” onde ele acompanhava e registrava todas as ações e verbalizações da filha antes, durante e depois do ato dela desenhar. Segundo ele toda criança desenha para se divertir e afirma em sua teoria que o repertório gráfico infantil está condicionado pelo meio onde a criança vive e que a intenção de desenhar está diretamente ligada a objetos reais e a associação de idéias. Luquet distingue quatro estágios para o desenho infantil. São eles:
• Realismo Fortuito: (inicia por volta dos 2 anos de idade) a criança verifica que os seus traços produziram acidentalmente uma semelhança não procurada, isto é, é a partir das tentativas favorecidas pela tendência ao automatismo gráfico imediato que a habilidade gráfica melhora e a