Economia
Após o fracasso de vários planos de combate à inflação, o Plano Real lançou as bases para um processo gradual de estabilização dos preços. No início de 1999, foi estabelecido o sistema de metas inflacionárias. A partir de então, a discussão sobre um PIB ideal tem monopolizado o debate sobre o crescimento da economia.
Tornou-se uma obsessão calcular o quanto a economia pode crescer sem que isso cause inflação.
As taxas de crescimento do PIB brasileiro, apesar de crescentes, ainda são insuficientes: estão muito distantes da expansão registrada por países como a China e a Índia. As taxas de crescimento poderiam ser maiores se o nível de demanda agregada fosse mais alto.
Isso não ocorre porque a condução da macroeconomia não favorece a aceleração do crescimento econômico: as políticas monetária, fiscal e cambial não estão sendo utilizadas de forma a potencializar o aumento da demanda agregada da economia.
A política monetária ao manter um nível elevado da taxa de juros afeta negativamente o potencial de crescimento da economia brasileira de duas formas principais.
Por um lado, o pagamento dos juros sobre a dívida pública líquida acaba pressionando as contas públicas; por outro, em um contexto de inexistência de controle de capitais, a manutenção das taxas de juros elevadas leva a uma apreciação cambial que é nociva à competitividade dos produtos brasileiros.
Desde 1999, o Banco Central brasileiro tem justificado formalmente que a manutenção de taxas de juros elevadas tem sido o controle da demanda e, por conseqüência, o combate à inflação. Supostamente, adota-se um sistema de metas inflacionárias no qual a taxa de juros é determinada com o objetivo de controlar a demanda agregada e, via contenção dessa, combater a inflação.
Entretanto, o conceito de