Economia
O dólar comercial subiu 0,45% cotado a R$ 2,8785, maior patamar desde 25 de outubro de 2004, renovando a máxima no ano. Com isso, a moeda americana acumula alta de 1,67% na semana e de 7,05% no mês.
Já o contrato futuro para março avançava 0,17% para R$ 2,881.
O dólar caía frente ás principais divisas no exterior diante de notícias de que a Grécia e os ministros de Finanças da zona do euro chegaram a um pré-acordo para estender o programa de resgate pro mais quatro meses.
No mercado local, no entanto, a piora da perspectiva em relação aos fundamentos domésticos limitaram a queda da moeda americana.
Em nota, estrategistas do Morgan Stanley dizem que o cenário para o real ainda é negativo no médio prazo, uma vez que uma moeda mais fraca é necessária para melhorar a competitividade e reduzir a taxa real efetiva de câmbio. O banco americano prevê que o dólar termine este trimestre em R$ 2,65 e fechará 2015 em R$ 2,90.
O aumento da preocupação dos investidores com o risco político e com a aprovação das medidas de ajuste fiscal anunciadas recentemente pela equipe econômica ajudou a piorar o pessimismo dos investidores, que havia melhorado desde o anúncio da nomeação do ministro da Fazenda. “Há uma preocupação do governo com a popularidade e isso pode fazer com que ele não seja tão rígido com a parte fiscal e não queria tomar medidas consideradas impopulares”, afirma Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.
Para Curvello, o risco da perda do grau de investimento pelo Brasil ainda não está refletido nos mercados, mas isso pode mudar se o governo não conseguir colocar as medidas fiscais em prática.
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