economia
Conheça os riscos de cada um deles: ajuste fiscal e dívida soberana, confiança de consumidores e investidores, economias emergentes, contração de crédito e crises ocultas
BBC
Esta semana, Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, advertiu que a recuperação econômica está em perigo e, na quarta-feira, no Reino Unido, o titular do Banco Central britânico, Mervyn King, diminuiu as projeções de crescimento. O fato é que hoje a economia mundial é uma mistura de luzes e sombras.
O otimismo que surge com as nações emergentes é podado com interrogações sobre a sustentabilidade da expansão chinesa, enquanto que a Alemanha aumenta suas exportações, mas a União Europeia segue atolada.
Desde o início da crise, em setembro de 2008, os economistas especulam sobre que tipo de recuperação definirá os próximos anos com uma salada de letras que inclui um V (queda brusca seguida por forte recuperação), W (recessão dupla) e U (queda, plano e recuperação lenta). Os próximos oito meses serão decisivos.
A BBC investigou cinco enigmas sobre a economia mundial. São eles:
Ajuste fiscal e dívida soberana – A economia mundial evitou uma depressão ao estilo dos anos 1930 graças à intervenção estatal que estabilizou o sistema financeiro e estimulou a produção. Este estímulo está se esgotando e, com exceção dos Estados Unidos, ninguém considera a possibilidade de renová-lo.
Na Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Portugal e Grécia foram anunciados fortes programas de ajuste para lidar com a dívida, os quais ainda não causaram impacto forte na economia porque estão em fase inicial de aplicação. Esta mudança da política econômica dos países desenvolvidos levanta várias questões.
No caso dos países europeus, não se sabe se o mega-ajuste vai solucionar ou piorar o problema da dívida soberana e o quão profundo será o impacto na economia do continente e mundial. Em outras palavras, podem os países desenvolvidos