Economia
O estudo da economia não parece exigir talentos especializados de grau mais elevado do que o normal. Não é... um assunto fácil se comparado com a filoso¬fia ou a ciência pura? Uma disciplina fácil em que bem poucos se sobressaem! O paradoxo pode ser explicado talvez pelo fato de que o especialista em econo¬mia deve possuir uma combinação rara de dons. Deve ser matemático, historia¬dor, estadista, filósofo - em certa medida. Deve compreender símbolos e falar por meio de palavras. Deve contemplar o particular em termos do geral e abor¬dar o abstrato e o concreto em uma só linha de pensamento. Deve estudar o presente à luz do passado com a intenção de compreender o futuro. Nenhuma parte da natureza do homem ou das suas instituições deve ficar inteiramente fora de sua atenção. Deve ser ao mesmo tempo determinado e desinteressado, tão distante e incorruptível quanto um artista, mas, por vezes, tão próximo da terra quanto um político. (John Maynard Keynes).
Cada campo de estudos tem sua própria linguagem e sua própria maneira de pen¬sar. Os matemáticos falam de axiomas, integrais e espaços vetoriais. Os psicólogos falam de ego, id e dissonância cognitiva. Os advogados falam de comarcas e deli¬tos contratuais.
A economia não é diferente. Oferta, demanda, elasticidade, vantagem compara¬tiva, excedente do consumidor, peso morto - esses termos são parte da linguagem dos economistas. Você encontrará muitos termos novos e algumas palavras comuns que os economistas usam de maneira especiali¬zada. A primeira vista, essa nova linguagem pode parecer desnecessariamente enigmática. Mas, como você verá, ela tem valor por proporcionar uma maneira nova e útil de pensar sobre o mundo em que vivemos.
É claro que assim como ninguém se torna um matemático, psicólogo ou advogado da noite para o dia, aprender a pensar como um economista leva algum tempo. Mas, com uma combinação de teoria, estudos de caso e exemplos de economia, esta página oferece uma excelente oportunidade para