Economia
O Rio de Janeiro e as
Olimpíadas de 2016
De R$ 51,1 milhões, 10% devem ir para o segmento de serviços prestados às empresas
Conforme divulgou o Jornal O
Globo, no final do ano passado, em um momento histórico, o Rio de Janeiro foi escolhido como a cidade-sede dos Jogos
Olímpicos de 2016. No Brasil, a torcida pelo Rio não foi apenas pelo legado esportivo do evento. A herança para a economia brasileira e, em especial, para o Rio de Janeiro poderá se manter
mesmo após 2016. A economia fluminense vai girar com venda e aluguel de apartamentos nas vilas olímpicas, mais venda de combustíveis, vagas extras para porteiros e zeladores. Há mercado cativo até para as empresas que vão desenvolver sistemas de cronometragem. Venda de seguros e mais leitos em hospitais também farão parte do legado.
Como mostra estudo feito pela Fundação
Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP), a pedido do Ministério do Esporte, os benefícios se espalham mesmo além dos setores geralmente mais citados, como turismo, comércio e construção civil.
Serviços de informação, de intermediação financeira e seguros, serviços imo-
HIGIPLUS • 2º TRIMESTRE/2010 •
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Mercado
biliários e aluguel, serviços prestados a empresas, construção civil, saúde e petróleo e gás estão entre os que também devem registrar incremento nos negócios mesmo depois da cerimônia de encerramento das Olimpíadas.
O dossiê de candidatura do Rio prevê US$ 14,4 bilhões na estrutura do Comitê Organizador e em recursos públicos e privados para a infraestrutura dos Jogos. Diante desse valor, a pesquisa estima que a economia vai movimentar US$ 51,1 bilhões entre os anos de 2009 e 2027 por causa das
Olimpíadas. Isso significa que, de cada dólar investido nos Jogos, a iniciativa
privada vai gastar outros US$ 3,26.
A pesquisa indica ainda que devem