Economia
CAPÍTULO IV – O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
Marshall nos capítulos IV e V do livro IV estuda a oferta de trabalho, ou seja, o desenvolvimento da população como ele diz: “em número, vigor, conhecimento e caráter”. E afirma que a produção de riqueza é apenas um meio para o sustento do homem, para a satisfação de seus desejos, e para o desenvolvimento de suas atividades, física, mental e moral. Mas o próprio homem é o principal instrumento dessa produção, de que é o fim último.
Diz que o crescimento da população sempre mereceu a atenção dos homens em todas as épocas e que, no mundo animal e vegetal, o crescimento dos números é regido, de um lado, pela tendência dos indivíduos para propagar a sua espécie, e, de outro, pela luta pela vida. Em sequência, em consonância com a tradição clássica, afirma que sempre existiram, entre os que refletiam mais seriamente sobre os problemas sociais, preocupações sobre o crescimento da população dizendo que, independentemente de fortalecer ou não o Estado, este crescimento deve necessariamente causar grande miséria, e que os governantes não tinham o direito de subordinar a felicidade individual para o engrandecimento do Estado.
Descreve o panorama sombrio da classe trabalhadora na Inglaterra no período, ocasionados por más colheitas, guerra, e mudanças nos métodos da indústria, levando a todos a maior miséria que já sofreram desde o início dos registros confiáveis de história social inglesa e passa a descrever o papel da teoria de Malthus para livras a raça a escapar da degradação caso a população continuasse a crescer. Para ele, as contribuições de Malthus permaneciam substancialmente válidas, embora não tivesse previsto os grandes progressos do transporte de vapor, por terra e pelo mar, que permitiram ingleses da geração atual obter os produtos dos países mais ricos a um custo relativamente pequeno.