Economia
Sábado à noite, nada a esperar
Tranquilidade, monotonia
Pareço eu, cadê você
Vem me buscar, me abraça; invade teu lugar
Me perco nas luzes, mas a escuridão clareia o vazio aqui
Saio correndo, costumo andar assim
Sempre, sempre, sempre morro, molhado.
Ladeira acima é meu recanto
E o encanto dos teus olhos me refresca a alma
Encontrei teu lugar, mas não te encontrei
Menina, em teus seios repousam calmaria e andorinha;
Senhor meu, levai-me por onde ela for
Menina do meu amor, me veja às seis, enfim.
Cantarolando distrações imersas, sem pudor
Gentilmente amoleço o tempo em que vivo só
Não existirá mais muros, prometo
Desde que eu seja teu, eternamente, você é fruto de uma poesia.
Me perguntei um certo dia, qual seria a calmaria
Que brotaria no tal dia
Em que você ‘’se desse a mim’’
Eu mesmo respondi, me olhando num espelho
Que o cantar dos pássaros revelaria a sensação
Revelada na quietude dos sabiás.
São versos raros, os que falam de saudade:
São mais profundos que os comuns
Porque retratam um sofrimento
De quem breve te viu chegar e partir, vir e ir
Bem sabes tu, que não és a mesma que as outras o são
Elas fazem seus papéis, minha amada
Tu porém, não te apavores, és pleno cuidado em vida!
Nenhuma das outras doces criaturas conseguiu encantar o príncipe
Teu zelo, porém, o faria.
Conquistarias tanto com teu fervor, oh Maria!
Levar-te-ia por mil rebanhos em um segundo
Se te sentasses por dez minutos, pra escutar três palavrinhas...