Economia
Centro de Referência em Educação Profissional
Nostalgia Praiana
Eduardo Dallarosa
Felipe Santos
Gabriel Timmen
Victória Marcon
Taquara
2013
Nostalgia Praiana
No primeiro dia de 2007, fui a Capão da Canoa, coisa que não fazia há muito tempo. Fiquei impressionado. A pacata praia onde, a cada verão, a nossa família passava alguns dias, mudou por completo. Capão agora é uma cidade, com prédios gigantescos e com todas as características de cidade movimentada: gente em pencas, lojas, restaurantes, congestionamento de trânsito, falta de lugar para estacionamento.
A frase seguinte deveria ser "no meu tempo era melhor". Mas não é o que vou dizer, em primeiro lugar porque não é verdade. Hoje, em Capão, existem problemas, mas também existe lugar para um número muito maior de pessoas - pessoas que, no passado, estavam privadas da praia. Que elas possam ter o seu espaço no Litoral é, portanto, um avanço.
Também não vou dizer que "no meu tempo era pior". Poderia fazê-lo: os hotéis, de madeira, eram precários, os quartos, por incrível que pareça, eram separados por tabiques que não chegavam até o teto (todo mundo sabia da vida sexual de todo mundo). Os banheiros eram comuns, as luzes eram desligadas às dez da noite. Mas a verdade é que havia um atrativo neste modo de viver simples, rústico, o atrativo da variação, da aventura. Mas então, vocês perguntarão, era melhor ou era pior?
Era diferente. E essa diferença começava no dia em que a gente tomava o ônibus para ir à praia. Coisa que só se fazia uma vez por ano; a idéia de fins de semana no Litoral era simplesmente inexequível. Não havia Freeway. Na verdade, não havia estrada; boa parte do trajeto era à beira-mar, sobre a areia. Se o ônibus atolava, a gente descia e empurrava. A viagem durava cinco horas, e a certa altura sondávamos ansiosos o horizonte; queríamos avistar o farol, que se