Economia
Mas, de acordo com o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, esse movimento de alta dos preços não preocupa porque está associado a uma distorção, que em breve será regularizada: a sazonalidade da época, provocada pelo aumento da demanda por conta das festas de final de ano e por um choque de oferta. Tanto que, segundo ele, a maior pressão de alta da inflação apurada pelo IPC-S na primeira semana de dezembro veio do grupo Alimentação e foi movida por produtos que, passado esse momento de maior demanda, voltarão ao padrão normal.
O grupo Alimentação como um todo subiu 1,48%, ante uma alta de 0,60% no mês de novembro. As carnes bovinas foram reajustadas em 7,38%, ante uma elevação de 5,81% no fechamento de novembro. O subgrupo hortaliças e legumes mostrou uma alta de 5,04%, depois de ter sido aumentado em 2,27% no mês passado.
Com uma menor intensidade, os grupos Despesas Diversas e Transportes também contribuíram para a alta da inflação na primeira semana de dezembro. O grupo Despesas Diversas saiu de uma variação de 0,08% em novembro para uma taxa de 0,36% na primeira pesquisa de preços de dezembro. Segundo Picchetti, esta alta foi provocada basicamente pelo reajuste de 1,80% nos preços dos cigarros. Em novembro, os preços desse produto já haviam subido 0,91% e, de acordo com o coordenador, até a