economia
01/08/2012 POR EQUIPE DE COLABORADORES 0 COMENTÁRIOS
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Em setembro de 2008, com o anúncio da falência do Lehman Brothers, iniciou-se um período de incertezas na economia global. Na esteira de nova crise financeira, e contando com fragilidade econômica prévia, nações da Europa Ocidental passaram a enfrentar instabilidade e incerteza não apenas em seus sistemas financeiros, mas também em suas sociedades.
Em meio às incertezas trazidas pela crise econômica, países como França, Grécia, Reino Unido e Irlanda passaram por períodos eleitorais que levaram à substituição de partidos que há muito os governavam. Notou-se, nesses países, a ascensão ao poder de agremiações de perfil ideológico oposto ao dos partidos recém-saídos do governo. Esses acontecimentos geram inquietação e levam à indagação: estaria a população europeia mudando suas perspectivas ideológicas devido à crise?
Na República da Irlanda, o Fianna Fáil, de centro-esquerda, deu lugar ao direitista Fine Gael, após 14 anos de governo. Em Portugal, Espanha e Reino Unido semelhante movimento foi sentido, com partidos ligados à social-democracia sendo substituídos no poder por agremiações conservadoras. Não se mostra aparente, entretanto, uma marcha à direita em toda a Europa. Na França, onde a direita estava no poder há 17 anos, assistiu-se à relevante vitória de François Hollande, do Partido Socialista, nas eleições presidenciais. A Eslováquia passou por situação semelhante. Há ainda casos excepcionais, como a Itália, onde um gabinete de direita foi substituído por um governo formado por tecnocratas. A Grécia, por sua vez, precisou enfrentar três eleições, sendo uma vencida pela esquerda, uma vencida por pequena maioria da direita e a terceira vencida por coligação da centro-direita e da centro-esquerda.
Em diferente situação encontra-se a Estônia. A república báltica, que tem previsto para 2012 o