economia
No âmbito da economia e das ciências sociais, a expressão Acumulação Primitiva, criada por Karl Marx, designa um processo pelo qual se criam as condições necessárias para o surgimento do capitalismo. Segundo os defensores das teorias marxistas, este processo inclui a expropriação de uma parte dos camponeses e dos artesãos, os quais se transformam no proletariado cujo único ativos de que dispõe é a sua própria força de trabalho. Simultaneamente, surge uma classe burguesa que concentra em si a propriedade de todos os restantes meios de produção.
A expressão Acumulação de Capital designa uma operação ou processo de aumento do volume de capital. Considerando o capital como o conjunto dos fatores de produção, a acumulação de capital é não mais do que a acumulação desses mesmos fatores de produção pela via da execução de investimentos sucessivos.
A acumulação de capital pode ser considerada extensiva (quando o crescimento do capital ocorre por vagas sucessivas com poucos ou nenhuns ganhos de produtividade) ou intensiva (quando o crescimento do capital é acompanhado por uma transformação rápida do processo de produção e da qual resultam importantes ganhos de produtividade). Segundo Tavares (1975) padrão de acumulação é definido por uma articulação específica entre a diferenciação da estrutura produtiva e a distribuição social da renda. Segundo ela, em qualquer economia industrializada (ou em processo de) pode-se detectar pelo menos dois setores produtivos: o de bens de consumo e o de bens de produção, a partir dos quais ocorre um processo de acumulação de capital em que as relações inter-setoriais são fundamentais.
A compreensão desse processo, em cada padrão histórico (concreto) de acumulação requer a identificação das relações básicas entre a estrutura da produção e repartição da renda, inerentes ao próprio